sábado, 3 de abril de 2010

Falando da Gente - Marcelo Santos

Hey Hou
Acho que no primeiro post já falei um pouco de mim. Agora vou falar um pouco mais de mim, da Fernanda(a Fê) e a Personal Stick seguindo esta ordem de nascimento. Então vamos lá!

Eu, Marcelo Santos - Dilin - E mais um milhão de outros apelidos que atendo a vida toda. Não vou passar muitos dados, porque sou meio cismado com psicopatas e atoapatas que aproveitam destas informações que inocentemente colocamos. Mas ao que interessa. Sou de Sagitário, meio homem, meio cavalo, heheh, mas não dou coice não. Formado em Computação pela Univ. Fed de Uberlândia a um tempão, durante o curso de Computação que é suuuuper divertido (muito irônico) eu já comecei a freqüentar o bloco do curso de artes práticas que de fato era suuuper divertido. Já gostava de artes e computador desde muito cedo, com o incentivo dos meus pais que me levavam em shows desde pequeno, de primos que compravam minhas "coreografias" de dança de rua, a Tilibra que me proporcionou cadernos que durante vários anos pude desenhar enquanto os professores escreviam a matéria no quadro (ainda existe isso?), a Xerox que inventou uma máquina super inteligente que copia o caderno daquele colega de sala mais dedicado, que além de copiar a matéria de forma legível, ainda faziam hiperlinks explicativos do que o professor queria dizer de fato com aquilo, essas pessoas e empresas foram fundamentais ao meu inicio nas artes. Mas tiveram mais alguns pontos além destes que já falei que considero fundamental para minha história de arte. Um deles foi o fato de que na minha cidade, Uberlândia, existiu (ainda existe meio capenga) um dos melhores festivais de dança do Brasil que me chamava muita atenção e me fazia vibrar, gente do Brasil todo desenhando formas com o corpo com uma harmonia inexplicável. Outro fato foi ter viajado com a turma da escola no terceiro colegial do colégio Nacional para a Bienal de Arte de São Paulo. Definitivamente mudou a minha vida, não só pela overdose de arte que mostrou o meu lugar no mundo, mas pelo fato de conhecer a pessoa que mais amo e que a partir dai compartilha comigo todas as minhas histórias. E já estou falando de mais de 18 anos... Eu acho isso muito legal também!!.
Mas voltando à minha história da arte. Na época da computação, o bloco de artes me chamava, e vi que tinha uma disciplina de fotografia, foi lá que eu conheci o Thomas um professor com sotaque meio norte-americano (terra dele) que me abriu a primeira porta do curso, passei de aluno ouvinte a monitor da disciplina em 6 meses e fiquei assim até terminar o curso de computação. Logicamente, não precisava falar, mas matei sim várias aulas de computação para fazer isso. Mas vocês não tem idéia o quanto é sedutor ver a imagem aparecendo no papel quando o colocamos no reagente.
Depois que terminei o curso de computação não tinha mais jeito, tinha que trabalhar. Aí entrei em um estágio em uma empresa chamada Granja Rezende, que depois ficou conhecida por ter feito parte da maior partilha de bens do Brasil em uma separação conjugal. Lá eu entrei em um projeto que era implantar um sistema de frigorífico que eles estavam construindo. Nesse projeto existia um software da Alemanha, que estava sendo traduzido por um cara chamando Afonso Lana, o Forest Gump da vida real, o cara tem mais história do que centenas de pessoas juntas. Ele , dentre inúmeras outras coisas, é veterinário, foragido político do Brasil no golpe militar, foi submetido a tortura, fugiu, foi pro Chile, de onde teve que fugir também, depois foi para Alemanha. Voltou com uma arte extremamente expressiva registrando tudo que estava gravado na sua vida e alma, virou professor de arte e tradutor de alemão. Foi parar na Rezende, por sorte minha sentando ao meu lado. Almoçávamos na empresa e esse tempo era a minha aula informal de artes. Depois de algum tempo falando com ele não teve jeito. Inscrevi-me no vestibular de artes plásticas, passei e daí a arte passou a ser disciplina na minha vida. Não tinha mais como me livrar dela. A arte alimenta minha alma como o oxigênio as minhas células.

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